Fevereiro 4, 2021
No dia 15 de Janeiro, a abordagem sobre Mercados emergentes, tendências, contratos e veículos de investimento em Startups, esteve em alta na conferência online Investor´s Club realizada pela UNITEL.
A abertura do evento coube a João Quipipa, Director Geral Adjunto da UNITEL que na ocasião falou sobre o investimento em Startups, a sua importância para o desenvolvimento da economia dos Estados, bem como o papel da UNITEL na promoção do ecossistema digital nacional.
Para João Quipipa, o investimento em Startups é uma das tendências da actualidade, tanto a nível particular como corporativo. E permite que as empresas reforcem os seus portfólios, com o intuito de retirar dividendos a nível financeiro e de conteúdos.
“Angola desenvolveu várias peças no puzzle do empreendedorismo, já existem Universidades a formar jovens em gestão e tecnologia, competições de Startups com escopo nacional e internacional, assim como mentorship e recursos a serem investidos por empresas, desde a banca ao sector petrolífero.
A UNITEL pretende ser um percursor deste tipo de investimentos em Angola, funcionando como investidor e fomentando o ecossistema digital nacional através da partilha de conhecimento, e plataformas de discussão sobre o tema”, disse João Quipipa, DGA UNITEL.
Uma Startup, deve ser criada para solucionar determinado problema. O grupo normalmente trabalha numa ideia que pode ou não gerar lucros, daí a necessidade de haver um investidor (investidor angel).
Este por sua vez, entra no projecto não somente com o apoio financeiro, mas também com contactos, conhecimento e experiência para um casamento ideal com a Startup.
“Ao solicitarem apoio às Startups, devem ter noção do estágio em que estão. Não convém por exemplo pedir financiamento a um banco quando estão apenas na fase da ideia e sem um plano de negócios”, referiu Rui Oliveira, CEO, BFA Gestão de Activos – Prelector.
“Ao estabelecer uma relação contratual, é necessário deixar claro os direitos e deveres das partes. É importante saber desde o princípio se o investidor vai entrar para o capital social ou pretende ver apenas o seu investimento reembolsado.
Se necessário, façam um memorando de entendimento antes da parceria”. Ana Godinho, Advogada, Especialista em Direito Societário- Prelectora.
Analistas entendem que o modelo de negócio do futuro não é de comprar, mas sim de prestação de serviço, a chamada “economia partilhada, ou economia circular”, que vem ajudar a consumir de forma consciente.
“Uma das tendências das empresas investidoras é apostar na hipersonalização, ou seja, usar a pegada digital para criar produtos que se adaptem às necessidades das pessoas”, Ricardo Lima, Head of Startups, Web Summit- Prelector.
No final, foi ouvido o testemunho do CEO da Startup Kubinga, um caso de sucesso no empreendedorismo nacional que dentre outros temas, abordou sobre o seu modelo de prestação de serviço e o processo de angariação de investimentos.
“Quando criamos o Kubinga, começamos com fundos próprios. Não fizemos um investimento grande, investimos com aquilo que achamos que era prático e possível fazer na altura para despertar pessoas com capital.
Uma das formas que usamos para ganhar visibilidade e atrair investimentos foi participar em eventos que garantiam exposição da marca”, Emerson Paím, CEO Kubinga.
Recorde se que a Startup Kubinga, disponibiliza um sistema integrado de serviços de boleias, entregas e pagamentos por carteira virtual e foi a vencedora da 4ª edição do concurso Unitel Apps, promovido pela UNITEL em 2019.
Com a realização desta conferência, que visou debater sobre o ecossistema digital nacional e oportunidades de parceria entre Investidores e Startups, a UNITEL criou a oportunidade para desmistificar temas com as quais as Startups têm se debatido na implementação das suas ideias e abriu caminhos para potenciais investidores.